TECTO-FALSO

    POUSIO é a terra que espera, que descansa, que se prepara para uma renovação, para uma nova vida, Assim pensámos num projecto que reconhece a vida da terra e a tenta conhecer para poder cultivar, valorizar e dar a ver o que ela tem intrínseco. Assim, surge uma residência para artistas que lhes confronta com a pergunta: como pode a arte pôr-se ao serviço?

    Poderíamos fazê-la de outra forma, dando já como adquirido de que a arte é um serviço à humanidade por excelência (resta tentar perceber o que a arte é), poderíamos perguntar como pode o artista pôr-se ao serviço? E assim, não falamos de uma arte que cumpre um objectivo ou que procura cumpri-lo, mas que inquire de si mesma e de quão próxima está do encontro com a realidade de quem a produz. Há artistas que falam na primeira pessoa do singular, há outros que se dirigem à segunda e outros ainda na terceira pessoa.

 

    Nós queremos desafiar os artistas a tentar abordar o seu trabalho, durante as duas semanas de residência, na primeira pessoa do plural, NÓS. Para isso formámos esta residência POUSIO - destina-se a reunir um grupo de artistas de vários meios ( Artes Plásticas, Literatura, Música, Audiovisuais e Arte Performativas) e a definir uma localidade no interior do país que possa receber e acolher a vontade deste grupo em querer conhecê-la e mostrá-la. 

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   O Pousio é um programa que pretende percorrer as diversas regiões de Portugal, com o objetivo de, através das relações formadas durante a residência, criar expressões artísticas de vários meios; o nosso objectivo é conhecer uma terra de cada região do país - a sua população, cultura, geografia, costumes, artesanato, etc. - e que estas trocas culturais nos impulsionem a desenvolver processos e criar objectos artísticos ou a desenvolver ideias.